quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Aos que procuram a luz (Instalação iluminada)


Trazer da escuridão apenas o brilho e a luz necessária.

A relação com a cenário teatral deram inicio a minha vontade apaixonada de trabalhar com minha arte no escuro da noite.

A noite que me fazia ver ao longe uma massa de pontos iluminados, os luminosos cintilantes das madrugadas e o brilho das luzes refletidas no asfalto úmido.

Aos Que Procuram a Luz é uma das instalações que integraram o projeto Poema Quase Prontro de 1986, é uma homenagem a Vincet Van Gogh e sua busca insana pela luz viva.

Poema Quase Prontro foi um projeto para ser visto na escuridão e cada instalação possui um relê fotoelétrico regulado para funcionar apenas com a quantidade de luz que eu determinava.

Este projeto causava uma certa complicação na maioria dos espaços de exposições por onde passava, pois sempre era preciso reduzir drasticamente as entradas indesejáveis de luz.

Instalação Aos Que Procuram a Luz:

Velho cavalete de pintura, luminoso de acrílico pintado com tinta automotiva(aerografo), manta de casca de espuma industrial, globo de vidro leitoso, relê fotoelétrico, fios, soquetes e lâmpadas.

Night Garden 1 (tinta automotiva sobre tela negra)


Sempre me aventuro em busca de novas técnicas para fazer crescer minhas possibilidades comunicativas dentro da arte contemporânea.

Minhas buscas nunca foram para obter um estilo próprio e identificável mas uma linguagem com minha carga de conhecimentos para expressar meus poemas e gritos.



Night Garden 1, da série do mesmo nome, é um trabalho de origem gestual que me fazia lembrar das brincadeiras de minha infância, quando andávamos pelo mato com as lanternas acesas em meio a escuridão e as imagens faiscavam rapidamente aos olhos ficando gravadas na memória.

Este trabalho foi adquirido pelos amigos Mauricio e Mayumi no ano 2000.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Caixa com1440min.(objeto de arte)


Durante minha passagem pelo Atelier1 conheci a artista plástica chilena Carmem Gloria Bensoin que ao terminar sua graduação, me presenteou com este molde em gesso, da mão de uma múmia pré- colombiana de um velho índio xamã.

O desmantelar de antigas civilizações sempre me atraíram a atenção, somei então os relatos da pesquisa da Carmem com meu imaginário poético e produzi uma instalação com seis mãos moldadas (Xãmavam) e o objeto Caixa com 1440 minutos.
Caixa de madeira, veludo, molde em gesso e pintura a óleo.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Cinema-te (gravura em latão e aluminio)


A gravura virou uma paixão quando pude brincar com as prensas no Atelier1 da Unicamp que ficava no antigo "barracão de artes".


Algumas noites, ficava até mais tarde para produzir minhas gravuras e por vezes ouvia o compositor Almeida Prado estudando em seu piano à duas salas de onde eu trabalhava.

Assim aprendi a ouvir um pouco mais da musica erudita contemporânea do Brasil.


Tais minúcias sempre marcaram muito meu trabalho.

Cinema-te foi outra série produzida com gravaçõs em metal sobrepostas à cada composição.

Tempêros (3 xilogravuras)


Assim que aportei em Campinas em 1979, comecei a procurar maneiras de continuar minha pesquisa com a gravura.

Estas xilogravuras fazem parte de uma série bem humorada de gravações em tábuas para picar alimentos.

A primeira gravação foi produzida com a velha tábua usada em minha cozinha, durante muitos anos, que trazia marcas do tempo de uso e chamaram minha atenção.

Marcam também minha participação no atelier 1 da Unicamp com a Fulvia Gonçalves.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Refused Flower


Esta é uma releitura de uma instalação que apresentei no projéto "Ora Bolas" de 1991.

Produzida em aço negro soldado e moldagem de fiber glass, Refused flower é um poema de poucas palavras.

Gosto muito de através da montagem, alterar visualmente a percepção física dos materiais com os quais escolho trabalhar.

Murchar o aço negro nesta peça de 2006 foi o desafio.
murcho adj. 1. Que perdeu a frescura, o viçô, a cor, a beleza, a força ou a energia.
2.Que se esvaziou, ou está esvaziando-se

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Auto retrato (Aerografia)


Caipira que sou, sempre criei motivos para sair em busca do novo e aberto.

A Aerografia que conheci no Canada em 1975, volta a fazer o coração acelerar.

Desde que conheci esta técnica, só havia utilizado em painéis, ilustrações infantis, intervenções arquitetonicas e direção de arte.

A partir de 1980 comecei a usar o "air brush" para produzir minha arte também.

Produzi algumas séries para exposições.

Este é de 1984 e esta com minha mãe que o escolheu ao visitar minha mostra.
Born caipira, I have always found some reasons to search for what is new and open to my mind.
The air brushing that I had met in 1975 in Canada, accelerates my heart beat again.
Since I have met this techinic, I had only used it with panels, kids books ilustrations, architectural interventions and fine arts in general.
In 1980 I have finelly started using the air brush to produce my art too.
So I did a serie of paintings for some exhibitions.
This one is from 1984 and belongs to my mother,who have chosen it in one of my exhibitions.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Auto retrato (detalhe)




Aí estou dentro do prato, em meio ao mundo do meu tempo.

Auto retrato (óleo sobre téla)


Até agora , em toda minha carreira , pintei três auto retratos mas sempre utilizando linguagens menos óbvias.

A riqueza de detalhes desta pintura de 1982 mostra a soma de conhecimentos que recebia naquele período de minha vida.

Perna para quem tem (desenho em grafite)


Que tal este estudo para objeto de 1981?

Achei esta perna na estrada a caminho da aula de extensão de Artes Cénicas na Unicamp.

Noturno (lithogravura)


A técnica utilizada nesta gravura é chamada Maneira Negra porque a pedra de litho recebe a tinta que depois é levemente raspada produzindo a luz da imagem.

Para curtir o contraste da técnica escolhi um Noturno.

Um bocado oportuno!

No atelier Aster tive contato com grandes artista de gerações anteriores a minha que me faziam ver a arte estampada naquele tempo.

Passeio (lithogravura)


As lithogravuras que seguem, fazem parte de uma série produzida em 1980 no atelier Aster em São Paulo coordenado por Regina Silveira.

Vejo a terra como ela é...

A imagem e semelhança de um Deus.

A semelhança entre o geográfico e o humano abre a retórica do poema desta série.

Passeio é o modo bem humorado para esta leitura.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Enxurrada (agua forte)


Esta gravura em metal marca meu questionamentos e contacto mais profundo com a idéa de reprodução da obra de arte.

Usando esta técnica de cravação que utiliza acido para marcar o metal criei em 1979"Enxurrada" no saudoso Atelier Aster da Pompeia com Walter Garcia.

Visões (retórica do poema)


Como comentei na post. Voyage de 27.11.2009, a pintura e o desenho são modos de captar minhas imagens e memórias quando viajo.

Esta aquarela de 2009 é um carinho ao artista que certa tarde, sentados num daqueles velhos bancos de madeira do MACC, me encantou com o modo de falar de seus quintais e ruas.

A paisagem esta lá, O que muda é a retórica e o poema.

O poema de Thomaz Perina.

sábado, 28 de novembro de 2009

Teu olhar


Quando me olhas com este olhar vou do profundo abismo ao conforto de um céu estrelado.

Sinto a vida continuar aos grãos.
*
Se puder ouça a canção Akatombo do cd "Dança das Estações" do musico Ricardo Matsuda.
Foi ouvindo esta faixa do cd que achei a delicadeza e força para este poema

Teu olhar


É um poema de jardim de 2008, produzido com grades de alumínio fundido unidas por molas de breque de motocicleta, pintura eletrostática e bola de bilhar.

Divido contigo o olhar de quem me acompanha e a profunda sensação de identidade.

Um de meus exercícios de criação nos gramados de minha oficina de arte que ganhou destaque em minha produção atual.

A leveza da matéria, acompanha minha mensagem e a linguagem que escolhi.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tudo bem, No ano que vem.


Pintura a oleo sobre duratex

Também do Projet Seed.

O prazer da chegada!

Voyage


Pintura monocrômatica de óleo sobre duratex de 2001.

Parte dos trabalhos bidimensionais que abre o "Project Seed" de 2003.

A saga dessa semente que cumpre seu trajéto em altíssima velocidade mas se deixou retratar.

A pintura e o desenho já foram, entre outras coisa, um modo de registrar minhas viagens quando me roubaram meus equipamentos fotográficos.

As habilidades de um artista são suas ferramentas para garantir a liberdade de comunicação e escolhas de meios.

Pack man love (detalhe)


Comemora minha experiência de paternidade.

É um poema de oficina de arte para a instalação "A Escultura que Procriou".

O imortal devorador do vídeo game da década de 70 em seu processo de procriação.

Detalhe Bota véia


Detalhes , serão sempre detalhes...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Punto


Sou de uma geração de artistas que viveu a arte com tal paixão, que devorava conhecimentos e técnicas para construir a linguagem.

Punto é uma pintura a óleo sobre duratex (tampa de tambor) de 1983 que marca uma de minhas Optical aventuras.

Nesse trabalho, cito a "Adorável Monalisa" que faria parte da exposição individual de instalações do Macc José Pancetti em 1986.

Este velho manequim da década de 30-40(francês) vive comigo em meu estúdio desde 1979 e foi adquirido numa velha loja de aviamentos de um senhor Sírio Libanês da Rua Paula Bueno em Campinas

Black Bird


Black bird é um pequeno trabalho de 1983 que faz uma homenagem a uma velha balada de rock e um grande amigo violonista piracicabano que girava em meu estudio.

A pintura sempre será um meio para meus poemas e gritos.

Bandeira de Lugar Nenhum


Conhecer um artista, é saber de sua produção e seus meios de trabalho.

Visitar seu espaço de trabalho e vivênciar as revoluções que ele tem como propostas.

Bandeira de lugar nenhum deve sempre ser instalada no chão de qualquer galeria ou espaço de exposição por onde passar e manter sua relação com as fronteiras inferiores.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Bandeira de Lugar Nenhum

Gostei muito de iniciar as postagens desse blog oficial na"rede internacional de computadores", com este detalhe da instalação Bandeira de Lugar Nenhum, produzida em 1989 e apresentada pela primeira vez na galeria do Centro de Convivência Cultural de Campinas SP.
Fronteiras sempre me incomodam quando penso na evolução da raça humana.
A cultura de um povo, é fruto do seu construir diário, comunicar e buscar conhecimentos precisa ser um direito.